Tomar uma cerveja com os amigos ou uma taça de vinho com frequência faz mesmo bem para o corpo? A discussão ressurge depois que veio do Palácio de Buckingham, na Inglaterra, a notícia de que a rainha Elizabeth II, 91, consome bebida alcoólica diariamente. E ela não bebe pouco: são quatro drinques diferentes por dia. Mas será que essa quantidade faz mal ao corpo?
De acordo com o psiquiatra Alexandre de Araújo Pereira, da Faculdade Ipemed, a quantidade aceitável varia entre homens e mulheres. “O corpo masculino tolera até 21 unidades de álcool por semana e o feminino, até 14 porque o corpo delas tem mais dificuldade de eliminar o etanol”, diz. Uma unidade, explica Pereira, corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado.
A monarca britânica bebe gim, vinho, martini seco e champagne todos os dias. Segundo o nutricionista Hugo Mendes, essas dosagens estão acima do considerado ideal, porém, o teor de etanol em cada bebida pode compensar a quantidade ingerida. Ele diz que é preciso considerar também o metabolismo de cada pessoa.
Para a cardiologista Marildes de Castro, professora da Faculdade Ipemed, a quantidade consumida pela rainha Elizabeth II é perigosa para qualquer pessoa – por estar acima do considerado aceitável – e mais ainda por causa da idade. “Pessoas mais velhas têm o metabolismo mais lento para a digestão do álcool, o que pode levar a doenças”, afirma.
Antes de abrir uma garrafa, é importante saber os riscos. O psiquiatra alerta que a bebida em excesso aumenta as possibilidades de desenvolver transtornos psicológicos. Além disso, mais de 200 doenças e lesões podem ser relacionadas ao consumo. Portanto, os especialistas são enfáticos: a bebida alcoólica só faz bem se for tomada com moderação.
Controlar o consumo de álcool ajudou a veterinária Jânia Diniz, 29, a melhorar a saúde. Ela bebe há mais de dez anos, mas passou a moderar o consumo há três meses. “Era uma cerveja todo dia. Fora o fim de semana, que eu exagerava com os amigos. Só que fui sentindo o meu corpo reclamar, e isso afetou meu rendimento no trabalho. Essa foi a hora de parar e puxar o freio”, conta. Nesse período, passou a se sentir melhor e mais bem-disposta. “Descobri que o prazer do álcool está na moderação e, não, no exagero”, conclui.
Benefícios. Um dos estudos mais importantes feitos no Brasil – realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp – mostra que a bebida alcoólica pode prevenir problemas cardiovasculares. Isso é possível, explica Marildes, porque o etanol tem efeito vasodilatador. “Ele relaxa a musculatura das artérias e ajuda a evitar a obstrução por coágulos que provocam infarto e derrame”.
O vinho, além de reduzir os riscos de infarto, ajuda no controle do colesterol, afirma Mendes. “Os polifenóis – antioxidantes – do vinho tinto podem ter benefícios singulares de proteção a ataques cardíacos, por exemplo. Já o resveratrol, encontrado na casca da uva vermelha, tem ação vasodilatadora e aumenta o HDL, o colesterol bom, e diminui o LDL, o ruim”, diz. Ele sugere, no máximo, duas taças diárias para os homens e uma para as mulheres.
Para aliviar as dores do corpo, cientistas da Universidade de Greenwich, na Inglaterra, indicam de duas a três canecas de cerveja. Eles uniram outros 18 estudos para chegar a essa conclusão, que foi divulgada no “The Journal of Pain”. De acordo com os cientistas, essa quantidade de bebida aumenta a resistência à dor, ultrapassando o alívio de analgésicos clássicos.
De acordo com o psiquiatra Alexandre de Araújo Pereira, da Faculdade Ipemed, a quantidade aceitável varia entre homens e mulheres. “O corpo masculino tolera até 21 unidades de álcool por semana e o feminino, até 14 porque o corpo delas tem mais dificuldade de eliminar o etanol”, diz. Uma unidade, explica Pereira, corresponde a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de destilado.
A monarca britânica bebe gim, vinho, martini seco e champagne todos os dias. Segundo o nutricionista Hugo Mendes, essas dosagens estão acima do considerado ideal, porém, o teor de etanol em cada bebida pode compensar a quantidade ingerida. Ele diz que é preciso considerar também o metabolismo de cada pessoa.
Para a cardiologista Marildes de Castro, professora da Faculdade Ipemed, a quantidade consumida pela rainha Elizabeth II é perigosa para qualquer pessoa – por estar acima do considerado aceitável – e mais ainda por causa da idade. “Pessoas mais velhas têm o metabolismo mais lento para a digestão do álcool, o que pode levar a doenças”, afirma.
Antes de abrir uma garrafa, é importante saber os riscos. O psiquiatra alerta que a bebida em excesso aumenta as possibilidades de desenvolver transtornos psicológicos. Além disso, mais de 200 doenças e lesões podem ser relacionadas ao consumo. Portanto, os especialistas são enfáticos: a bebida alcoólica só faz bem se for tomada com moderação.
Controlar o consumo de álcool ajudou a veterinária Jânia Diniz, 29, a melhorar a saúde. Ela bebe há mais de dez anos, mas passou a moderar o consumo há três meses. “Era uma cerveja todo dia. Fora o fim de semana, que eu exagerava com os amigos. Só que fui sentindo o meu corpo reclamar, e isso afetou meu rendimento no trabalho. Essa foi a hora de parar e puxar o freio”, conta. Nesse período, passou a se sentir melhor e mais bem-disposta. “Descobri que o prazer do álcool está na moderação e, não, no exagero”, conclui.
Benefícios. Um dos estudos mais importantes feitos no Brasil – realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, da Unifesp – mostra que a bebida alcoólica pode prevenir problemas cardiovasculares. Isso é possível, explica Marildes, porque o etanol tem efeito vasodilatador. “Ele relaxa a musculatura das artérias e ajuda a evitar a obstrução por coágulos que provocam infarto e derrame”.
O vinho, além de reduzir os riscos de infarto, ajuda no controle do colesterol, afirma Mendes. “Os polifenóis – antioxidantes – do vinho tinto podem ter benefícios singulares de proteção a ataques cardíacos, por exemplo. Já o resveratrol, encontrado na casca da uva vermelha, tem ação vasodilatadora e aumenta o HDL, o colesterol bom, e diminui o LDL, o ruim”, diz. Ele sugere, no máximo, duas taças diárias para os homens e uma para as mulheres.
Para aliviar as dores do corpo, cientistas da Universidade de Greenwich, na Inglaterra, indicam de duas a três canecas de cerveja. Eles uniram outros 18 estudos para chegar a essa conclusão, que foi divulgada no “The Journal of Pain”. De acordo com os cientistas, essa quantidade de bebida aumenta a resistência à dor, ultrapassando o alívio de analgésicos clássicos.
Hábito. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o homem brasileiro costuma beber 13,6 l de álcool por ano, enquanto as mulheres consomem 4,2 l nesse período.
MULHERES
Ingestão é associada à longevidade
A comunidade científica não adota posição oficial sobre a relação entre consumo de bebida alcoólica e longevidade. Apesar disso, alguns especialistas reconhecem que a ingestão diária, em geral, pode contribuir para o bom envelhecimento. Vale lembrar que a rainha da Inglaterra, adepta do álcool, tem 91 anos.
Segundo o nutricionista Hugo Mendes, o grupo mais suscetível a esse benefício é o das mulheres. “Algumas pesquisas indicam que boa parte das mulheres acima dos 70 anos ingere bebida alcoólica todos os dias, mas com moderação, é claro”, diz. O especialista ressalta a quantidade apontada como ideal para as mulheres: até duas unidades por dia.
De acordo com a cardiologista Marildes Castro, o vinho tinto, em especial, é o que oferece melhores resultados. “Acreditamos que isso aconteça porque ele estimula a produção natural de antioxidantes, ou seja, ele retarda o envelhecimento das células do organismo que se reparam, principalmente durante a noite”, diz.
Segundo o nutricionista Hugo Mendes, o grupo mais suscetível a esse benefício é o das mulheres. “Algumas pesquisas indicam que boa parte das mulheres acima dos 70 anos ingere bebida alcoólica todos os dias, mas com moderação, é claro”, diz. O especialista ressalta a quantidade apontada como ideal para as mulheres: até duas unidades por dia.
De acordo com a cardiologista Marildes Castro, o vinho tinto, em especial, é o que oferece melhores resultados. “Acreditamos que isso aconteça porque ele estimula a produção natural de antioxidantes, ou seja, ele retarda o envelhecimento das células do organismo que se reparam, principalmente durante a noite”, diz.
O Tempo
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