segunda-feira, 16 de abril de 2018

Mar Morto


O menino nascido em Jericó
encantou-se por seu nome e em suas costas
passava seus momentos só
a meditar que mortos éramos todos nas encostas
Da vida que jamais deixava de receber as águas
cheia de pecados do Jordão, que nos purificava
e se repletava dos pecados que absorvia das lágrimas
corriam célere ao Mar Morto, a casa
Que Deus destinou aos pecados nesta terra.
Os pecados voaram e encheram o mundo;
o Mar morto era pequeno demais para tanto lodo.
O menino não deixava de olhar as águas nodosas da podridão
como se refletisse sobre o homem ou sobre as ficções
a imaginar o porquê de vidas de pecados e ilusões.

Amadeu Garrido de Paulaé Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

Esse texto está livre para publicação.

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