sábado, 28 de abril de 2018

"Eu prefiro ser um retranqueiro do que perder o emprego", diz Mano sobre estilo

Após a grande vitória sobre a Universidad de Chile por 7 a 0, o técnico Mano Menezes voltou a defender seu estilo de jogo mais conservador. Em entrevista ao canal "Esporte Interativo", o comandante relembrou até a situação envolvendo seu companheiro, Guillermo Hoyos, técnico de La U, que foi demitido após o massacre no Mineirão. Para Mano, a tática de Hoyos foi suicida com dois jogadores a menos. 
"A fama é triste, já dizia o papagaio. Eu prefiro ser um retranqueiro do que perder o emprego como meu colega do Chile, não tá fácil para se manter no mercado, tem muita concorrência. Temos que cuidar das coisas da gente para não dar vexame. Se der mole no futebol, os outros aproveitam. O mais importante na goleada é que a equipe jogou bem, todos se comportaram bem e o coletivo prevaleceu. São jogadores que possuem capacidade para ser diferencial", afirmou o comandante. 
Mano também falou sobre a alcunha de favoritismo que estabeleceram para a Raposa desde o início do ano. Para o treinador, tudo isso não passa de uma avaliação externa. As dificuldades dentro de campo são totalmente diferentes do que parece no papel. 
"Refutar a fama de favorito é quando a gente perde duas partidas e tudo vira uma crise danada. Eu diria que o favorito é uma avaliação que se faz externamente, baseado nos nomes dos jogadores que têm, baseado no histórico, essas coisas precisam ser encaradas desta forma. Penso que depende muito de como se inicia uma competição. O Brasileiro, por exemplo, se você passar muitas rodadas sem conquistar vitórias, não adianta pensar em uma grande reação no final porque é um campeonato muito duro", disse. 
"A Libertadores nem se fala, nós entramos em um grupo muito duro, só olhar a pontuação do primeiro colocado, que vinha sendo apontado como o grande time da nossa chave, mas que se não ganha da La U no último jogo vai disputar a classificação. A gente tem que tomar muito cuidado se quer fazer parte depois do grupo de elite, que são os classificados para as oitavas de final em diante", complementou o comandante. 

No domingo, o Cruzeiro encara o Internacional, em Porto Alegre, e depois segue para o Rio, onde faz mais um jogo decisivo na Libertadores, dessa vez contra o Vasco, em São Januário.
O Tempo

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