sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Não deixemos passar a hora

Amadeu Roberto Garrido de Paula

Andarilhos e perplexos, eu, você, ele,
todos que tomamos as ruas, como se fôssemos ao futebol,
alegres e esperançosos, tranquilos, porque esse é nosso povo
multidões imensas que encontraram o momento de mudar
para fazer de nosso destino o grande e igualitário País da América
absorver os resultados de nossos empreendimentos, das nossas lojas
que não perduram por mais de cinco anos de agonias e protestos,
para que nossos colaboradores pudessem viver com dignidade
nossa juventude ter espaço em suas opções escolares
e marcharmos todos juntos, de mãos dadas,
no seio dessa atmosfera de suavidade e prazer
que faz a base deste território imenso e convida à felicidade de todos.
E depois sentirmos que tudo regrediu, voltou aos tempos de nossos avós,
quando construíamos estradas e não as recapeávamos com os buracos
por onde desce o dinheiro alimentador dos homens corruptos
dos répteis que não são humanos, não somos nós,
e permanecem em seus postos de mando como se nenhuma praça,
nenhum jardim de nossas capitais tivesse abrigado passeatas
lagartas víboras e surdas que pressupõem nossa indigência mental
e ainda insuflam nossos irmãos uns contra os outros, nomeando-os
tipos ridículos de comestíveis de padarias mal ajambradas.
Temos um ano para redimir nosso País, para revolucionar as instituições
basta introduzir o que seria um pressuposto e se tornou virtude
a seriedade e a honestidade no trato da coisa pública
e deixar que nosso comando tenha simples mãos limpas
em busca de nosso direito elementar à liberdade total
ainda que tenhamos de dormir pelados à beira dos rios.

Amadeu Roberto Garrido de Paula, é Advogado, sócio do Escritório Garrido de Paula Advogados.

Esse texto está livre para publicação.

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