sexta-feira, 6 de outubro de 2017

No Brasil, Obama critica notícias falsas e xenofobia


O TEMPO


Suplicy fura bloqueio, mas é barrado, e Ronaldo é abraçado; entrada em evento custou R$ 7.000


PUBLICADO EM 06/10/17 - 03h00

RIO DE JANEIRO. O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama criticou nessa quinta-feira (5) a ascensão do populismo e da xenofobia no mundo, em discurso marcado por forte defesa da pluralidade e da democracia.

Falando a líderes empresariais – que pagaram até R$ 7.000 para participar do evento, em São Paulo – sobre a importância da construção da cidadania global, ele foi o principal palestrante do Fórum Cidadão Global. Obama pediu que os governos trabalhem para diminuir a diferença entre ricos e pobres e alertou para os riscos trazidos pela disseminação de notícias falsas pela imprensa e pelas redes sociais – citando as eleições americanas do ano passado, em que houve ampla circulação de rumores falsos, inclusive sobre a democrata Hillary Clinton, apoiada por Obama.

“Vemos o aumento da xenofobia e do populismo da extrema-direita ou da extrema-esquerda. Contrapor ‘eles’ a ‘nós’ não é a direção certa. Precisamos abraçar a tolerância, o estado de direito e o pluralismo para realmente avançar”, disse o ex-presidente, antes de pedir mais igualdade econômica dentro e fora do seu país de origem. “Temos que trabalhar para diminuir a diferença entre ricos e pobres”.

No discurso, o ex-presidente ainda defendeu a importância da migração ordenada para um país, em termos sociais e econômicos, incluindo os Estados Unidos.

Suplicy. O vereador paulistano Eduardo Suplicy (PT) furou o bloqueio do serviço secreto americano para entregar uma carta sobre a renda mínima de cidadania a Obama, mas foi convidado a se retirar. O ex-senador conseguiu passar ao subsolo por onde Obama deixaria o teatro. “Ele pegou a carta e disse que iria me responder. Aí na hora que eu acabei de ter esse diálogo em que ele me olhou nos olhos, eu percebi que nas minhas costas estavam me puxando’, disse.

O ex-jogador de futebol Ronaldo, por sua vez, foi recebido por Obama de maneira calorosa, segundo testemunhas, no mesmo lugar onde Suplicy tentou entrar. O incômodo que Obama mostrou com o vereador não se repetiu com o Fenômeno.

O Tempo

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