Shirlei Miranda Camargo
Deparei-me com as palavras do seu CEO, Russ Klein. Para ele, é fato que os gastos dos consumidores cairão drasticamente, impactando diretamente em toda a economia. Mas assim como em todas as inúmeras crises já superadas, guerras, terrorismo, crises econômicas, a demanda voltará!
E, neste momento, os profissionais de marketing serão necessários mais do que nunca para reavivar o crescimento e a recuperação do valor econômico perdido e da estabilidade financeira, em todas as comunidades do planeta.
Então colega, aluno, amigo da área, vamos aproveitar este momento e refletir o papel do marketing para a sociedade. O que podemos fazer? Que estratégias poderemos usar para ajudar nossa sociedade? Somos tão criativos, tão estrategistas!
Por décadas convencemos as pessoas que fumar fazia bem, que as mulheres precisavam ter um corpo de Gisele Bündchen para serem felizes, que se “entupir” de junk food era bacana. Claro, estou focando no lado nefasto do marketing, pois sim infelizmente ele existe, assim como em qualquer outra profissão.
Mas também temos o marketing idôneo, sério, que sabe que nos tempos atuais (principalmente pelo empoderamento do consumidor), para conquistar e manter clientes é preciso oferecer algo realmente de valor, ou seja, não há espaço para “mentiras”. Além disso, o marketing também tem seu lado lindo, maravilhoso, altruísta como, por exemplo, o marketing verde e o marketing social.
Então, que tal aproveitar esse momento e mudar nossas atitudes enquanto profissional desse setor? Pensar em como poderemos ajudar a sociedade de verdade.
Frente a tudo isso, trago três dicas do que fazer (ou do que não fazer) para aplicar o marketing durante a crise:
1 - Não seja oportunista, os consumidores estão mais espertos do que nunca e vão perceber! Vi grandes marcas se aproveitando da situação para vender mais. Por exemplo, uma famosa marca de remédio contra gripe (não temos ainda remédios contra o Covid-19), outra de suplementos vitamínicos (não há provas que são efetivos contra este vírus) e outra de sabonete bactericida (pessoas confundem vírus com bactéria, e o Covid-19 é um vírus) aumentaram suas inserções de propagandas em horários nobres. Não estão fazendo nada ilegal, mas eticamente é questionável, pois podem confundir os mais desavisados e ainda “queimar” a imagem da empresa, que ficará conhecida como oportunista.
2 - Pense em ações que sua empresa pode fazer para ajudar de verdade a sociedade. Pode ser algo simples como vimos de uma empresa que vende sapatos, mesmo vendo o seu faturamento despencar, lançando uma campanha que doa, para cada sapato vendido, um prato de comida para os necessitados. Ou ainda de uma grande empresa de cosméticos que começou a fabricar álcool gel para distribuir a entidades filantrópicas. Ou seja, além de estas empresas estarem realmente ajudando a sociedade, estão ajudando a fortalecer sua imagem perante os concorrentes.
3 - Peça ajuda a seus consumidores. Um empresário teve que demitir uma parte de seus funcionários, mas colocou nas redes sociais que, se ele conseguisse vender 40 refeições por dia, não precisaria demitir os mais antigos. Deu tão certo que o empresário até recontratou aqueles que tinha demitido.
Obviamente, os aproveitadores ganham no curto prazo, mas aqueles que realmente ajudarem a sociedade neste momento de crise ganharão no médio e longo prazo ao construir uma imagem de empresa idônea e comprometida.
Enfim, é fato, vamos ter que mudar, como Russ Klein diz, é hora de emergir nosso melhor “eu” e, depois que tudo isso passar, convide este seu melhor “eu” para ficar e tornar o mundo realmente melhor.
Pense nisso, tenho fé em você e no seu potencial!
Autora: Shirlei Miranda Camargo é tutora do curso de Gestão Comercial do Centro Universitário Internacional Uninter.
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