segunda-feira, 26 de setembro de 2022

EUA: alta de juros pode frear pedidos de hipoteca, mas aquecer vendas; corretora comenta

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Federal Reserve (Fed), informou na quarta-feira (21) que vai elevar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, alcançando o intervalo entre 3,00% a 3,25% ao ano. A decisão do Fed, unânime, era esperada pelo mercado. É a quinta alta das taxas do país neste ano e a terceira com essa magnitude. A expectativa majoritária era pelo avanço nos juros básicos americanos.

A inflação em alta nos EUA foi o gatilho para o Fed aumentar a taxa nessa magnitude. Analistas e investidores passaram falar em uma alta da taxa de juros dos EUA pelo Fed de até 0,75 ponto porcentual, quando o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto dos Estados Unidos reforçou apostas de trajetória mais hawkish (tendência de alta do juro) na política monetária. O aumento era visto como o desfecho mais provável, embora especialistas não descartassem uma elevação de 1 ponto porcentual.

Falando do seu mercado, a CEO e fundadora da Luxian International Realty, Luciana Serifovic, falou sobre alguns dos impactos que esse aumento pode trazer para o mercado imobiliário. Saindo um pouco dos imóveis de luxo - mercado de atuação dela -, a corretora mencionou que um dos impactos que podem ser imediatos num contexto geral é o de aumento das chamadas hipotecas.

Mas, voltando ao seu nicho, ela explicou que a sinalização desse e de outros aumentos acaba, em algumas situações, favorecendo a questão das vendas, isso porque pessoas que estão planejando adquirir imóveis podem acelerar a compra por receio aos aumentos.

"Eu fiz uma venda recentemente que o comprador acelerou o processo para que o valor não fosse reajustado por conta do aumento recente. Então, vendo por essa ótica, é possível dizer que em alguns casos a sinalização de alta nos juros pode favorecer o mercado", mencionou.

Como especialista no mercado, Luciane pontuou também alguns fatores que precisam ser levados em consideração também por quem recua da captação de uma hipoteca por conta da possibilidade de aumento dos juros.

"Para que fique mais claro: uma pessoa que capta uma hipoteca, precisa ficar atento aos valores que ela paga mensalmente e não aos juros. Isso porque um juros chegando a 4% ainda é muito baixo, muito mais em conta do que há alguns anos, quando ele já chegou a 8%, por exemplo. Então se a casa/apartamento é viável e a hipoteca paga mensalmente também é confortável, não captá-la por receio com os juros não é interessante", alertou.

Ainda conforme a corretora, é importante mencionar que “talvez, no futuro, se o juros cair, a pessoa pode refinanciar o imóvel se os juros estavam mais altos na época da compra”.

Sobre Luciane Serifovic

Luciane Serifovic é uma potência imobiliária de luxo, líder de pensamento e CEO e fundadora da Luxian International Realty, a primeira empresa imobiliária internacional de luxo baseada virtualmente que usa a tecnologia blockchain no mundo.


Victor Silva
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